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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

COMO A VOZ É PRODUZIDA

A voz é o som produzido pela vibração das pregas vocais (também conhecidas como cordas vocais), na laringe, pelo ar vindo dos pulmões.
A falta de conhecimento da importância de certos cuidados básicos para preservar a voz pode ter como conseqüência o desencadeamento de algumas doenças laríngeas como, por exemplo, edemas, nódulos, pólipos, úlceras de contato, entre outras.
O trabalho de reeducação tem como objetivo a adequação das estruturas fonoarticulatórias e a conscientização das pessoas para o uso adequado da voz.
As alterações vocais afetam a vida pessoal, social e, sobretudo, a profissional, gerando ansiedade e angústia. Por isso, com mais razão, os profissionais que utilizam a voz como seu instrumento de trabalho, muitas vezes, necessitam de um treinamento de apoio para desenvolver o seu potencial vocal.

FAÇA O TESTE DA SUA AUDIÇÃO

1. Você pede com freqüência para que as pessoas repitam o que disseram?

2. Você precisa aumentar o volume da televisão para entender o que dizem, quando assiste televisão com outras pessoas?

3. Você tem dificuldade para entender conversas entre várias pessoas juntas, com barulho de fundo?

4. Você acha que outros resmungam ou falam de forma não-clara?

5. Seus familiares, amigos e colegas lhe perguntam se você tem problema auditivo?

6. Você evita festas, eventos sociais devido ao barulho ou por não ouvir o que os outros dizem?

7. Em lugares ruidosos ou dentro do carro você tem dificuldade com conversas?

8. Você se sente estressado ou cansado quando precisa falar ou ouvir conversas longas?

9. Você precisa sentar-se próximo a pessoas que falam em reuniões, cultos religiosos ou mesas de jantar?

10. Você tem dificuldade para ouvir e entender o que lhe dizem quando não está vendo a pessoa?

11. Você tem dificuldade para localizar de onde vem o som?


• Se você respondeu SIM de 1 a 3 vezes – indica que tem dificuldades auditivas em algumas situações, comuns a todas as pessoas, porém se isto ocorre regularmente, há suspeita de perda auditiva. Consulte um Fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista para investigar se essas dificuldades de audição são temporárias ou permanentes.

• SIM de 4 a 6 vezes – indica que você provavelmente tenha uma perda auditiva. Consulte um Fonoaudiólogo e/ou otorrino.

• SIM de 7 a 11 vezes – indica fortemente que você tenha uma perda auditiva. Consulte um Fonoaudiólogo e/ou otorrino.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

AUDIÇÃO


O ouvido humano:
Seu ouvido é um órgão incrível que transforma as ondas de som do ar em informações para o seu cérebro.
Ele pode perceber desde sons em intensidade bem baixa até sons bem altos, diferenciar sua intensidade e distância, e precisamente detectar a direção da fonte sonora. No entanto, ele é um órgão bastante sensível e pode ser facilmente danificado podendo resultar em perda auditiva.

Perda auditiva:
A perda auditiva afeta em torno de 500 milhões de pessoas no mundo todo. Na maioria dos países, isso significa que 1 a cada 6 pessoas possuem algum grau de perda auditiva. Ela pode se desenvolver a qualquer hora e, em geral, é gradual e indolor. Assim, as pessoas podem não perceber durante anos que possuem esse problema.


Entre os fatores causadores da perda auditiva estão:
exposição longa a ruídos intensos
hereditariedade
doenças
reações a medicamentos
danos
cerúmen
envelhecimento
Sintomas
Existem vários tipos e graus de perda auditiva. No entanto, os sintomas são geralmente os mesmos.


Sintomas comuns de perda auditiva:
Pessoas comentam que o volume da sua TV ou música está muito alto.
Você não ouve o telefone ou a campainha tocar.
Você sente dificuldade para acompanhar conversas em ambientes com presença de ruído.
As pessoas parecem murmurar ou não falar claramente durante conversações.
As pessoas comentam que você fala muito alto.
Você geralmente solicita que as pessoas repitam o que disseram pois você não entendeu.
Seus amigos e familiares dizem que você não escuta bem.
Você sente dificuldade em entender as letras de músicas.
Se você possui algum desses sintomas ou se este teste auditivo indicou que você pode possuir uma perda auditiva, recomendamos que você procure um médico otorrinolaringologista.

Com o tempo, a perda auditiva pode levar à ansiedade, depressão, isolamento e solidão. Ao não tratar uma perda auditiva, uma condição física pode passar a ser uma condição fisiológica. Por isso é importante buscar tratamento assim que a perda auditiva for detectada.

domingo, 10 de julho de 2011

FONOAUDIOLOGIA NA TERCEIRA IDADE

Em interface com a Gerontologia, a Fonoaudiologia vem integrar à equipe multidisciplinar, como um profissional da saúde, buscando adotar conceitos e ações terapêuticas mais abrangentes de acordo com os avanços técnicos-científicos.
Através da prática clinica preventiva visa manter o idoso inserido em suas atividades do cotidiano, tais como, comunicação, alimentação, higiene, locomoção, cognitiva, familiar, social, comportamental e econômica. Através do diagnóstico, reabilitação proporcionando um envelhecimento de forma produtiva com melhora e/ou manter sua qualidade de vida.
Devemos estar muito bem informados no que diz respeito à nutrição dos idosos, aos processos demenciais e ao processo normal de envelhecimento.
Temos dois conceitos importantes para o trabalho com a terceira idade:
  • Senescência: envelhecimento fisiológico.
  • Senilidade: envelhecimento patológico.
O ser humano nasce em total dependência, em geral, dos seus pais e/ou dos familiares para poder se transformar-se em um indivíduo. Seu viver é uma longa caminhada, desde a infância, adolescência, maturescência até chegar  a senescência,que pode ser considerada a fase da existência em que ocorre e se percebe, com mais nitidez, o envelhecer da vida.
O envelhecimento, além  de ser considerado externo à pessoa, não tem uma data início definida e, por não ser bem vindo, não é comemorado como se faz com a infância , adolescência e idade adulta. Sem se dar conta o tempo voa, os cabelos embranquecem, a pele enruga e, de repente, o adulto se torna velho.
É possível comparar o indivíduo a uma árvore, que da semente, às vezes, tão pequena e frágil e que, ao ser colocada em um solo fértil, torna-se uma impotente e majestosa árvore secular. Suas raízes fincam-se na terra para lhe dar sustentação e nutrição, seu tronco e seus galhos com suas folhas, flores e, com freqüência, frutos proporcionam sombra, alimento, beleza e abrigo para uma grande variedade de pássaros, insetos. É então, pelas sementes dos seus frutos que, ao caírem ao chão, pelo vento e pela ação de determinados animais, ou até mesmo pelo próprio homem, elas poderão gerar novos exemplares dessa espécie vegetal. 
A natureza atua nesse ciclo de desenvolvimento e o mesmo ocorre com o homem, no envelhecer da sua vida, participando de uma variedade de papéis sociais, deixando todo o seu legado às futuras gerações.
Quando o indivíduo começa a envelhecer?
Existem muitas controvérsias, alguns autores consideram o início do envelhecer a partir dos 25 anos, idade na qual atinge o desenvolvimento máximo. Outros adotam 65 anos como sendo a idade legalmente considerada de início da velhice. Já outros autores sustentam a idéia de não rotular 65 anos como a idade do aparecimento dos sintomas da velhice.
A verdade é uma só, o momento do início, assim como a forma e a velocidade em que a velhice se instala dependera das características pessoais de cada indivíduo e/ou das influencias do meio em que vive.
A demanda da população idosa tem se mostrado cada vez mais significativa para o mercado fonoaudiológico. Por esta razão sentiu-se necessidade de conhecer mais sobre o processo do envelhecimento das funções vitais.
Mas como a fonoaudiologia pode contribuir para a terceira idade ?
Fonoaudiologia é a profissão da área da saúde que pesquisa, previne, e trata as alterações de audição, linguagem, voz e funções vitais como sucção, mastigação e deglutição.
A atuação fonoaudiológica envolve a aplicação de medidas de caráter amplo (imunizações, aconselhamento, planejamento familiar, etc.) dirigidas as doenças em seu aspecto global e implica também em medidas específicas, (orientações e aconselhamento), algumas a serem aplicadas antes mesmo que a doença ocorra e, outras, em qualquer estágio da evolução das patologias da comunicação.
O que mais evidencia no processo de envelhecimento são as alterações da comunicação. Essas mudanças interferem negativamente no idoso, uma vez que conduz a redução dos estímulos vitais, face a ausência do exercício do sistema comunicativo que propicia  a ação de múltiplos órgãos e sistemas, cuja a missão primordial não é a linguagem, mas que repercutem na compreensão e produção da linguagem, como também as dificuldades nesta área, segregam ainda mais o idoso, cristalizando o quadro de preconceito social existente, o que pode levar o idoso a uma vida inativa, isolada, impulsionando-o em direção à deterioração das condições psíquicas e físicas, não só pela redução das atividades físicas e intelectuais que este fato gera, como também pela solidão, ansiedade e deterioração da imagem pessoal, tudo decorrente da incapacidade ou dificuldade de se comunicar.
Podemos afirmar que a origem de muitos distúrbios da voz e da fala encontra-se na desarmonia do nosso sistema neurológico, físico, psicológico e social. A gagueira, a rouquidão, os vícios de pronúncia, os tremores na voz, a rigidez na articulação, a variabilidade da altura, do tom e timbre, os transtornos na ressonância, alterações na deglutição e etc, podem ser resultados de um funcionamento anormal de um ou de vários dos conjuntos dos sistemas mencionados.
Dai a necessidade de um pronto diagnóstico fonoaudiológico, a fim de que se possa dar o necessário encaminhamento, como também a responsabilidade do fonoaudiólogo de informar e sensibilizar a todos que oferecerão serviços a essa população, evitando assim maiores danos a saúde.
Patologias que podem surgir na terceira idade:

Presbifonia: envelhecimento da voz.
Embora o processo do envelhecimento seja progressivo e inevitável, existem grandes diferenças entre indivíduos na forma e extensão com que as alterações ocorrem. Diversas pesquisas demonstram que pessoas com a mesma idade cronológica exibem diferentes níveis de performance cognitiva, sensorial, motora e qualidade vocal, que dificulta a identificação da idade pelos ouvintes.
Considera-se como um período de máxima eficiência vocal dos 25 aos 40 anos, sendo que a partir dessa idade ocorre uma série de alterações estruturais na laringe. O início do envelhecimento vocal, seu desenvolvimento e o grau da deficiência vocal dependem de cada indivíduo, de sua saúde física e psicológica e de sua história de vida, além de fatores constitucionais, raciais, hereditários, alimentares, sociais e ambientais, incluindo aspectos de estilo de vida e atividades físicas, desta forma é possível a modificação do curso das alterações vocais do envelhecimento através de exercícios, boa nutrição e estilo de vida saudável, o que explica como alguns atores, cantores ou outros profissionais da voz atuante, as alterações da voz devido ao envelhecimento podem ser menos proeminentes ou mesmo não ocorrer.
Alterações respiratórias, tensões musculares, problemas de postura, podem gerar o mau uso do aparelho fonador, impedindo uma voz natural.
Prebiacusia - envelhecimento do aparelho auditivo.
O processo de envelhecimento que atinge a audição não é considerado patológico, mas sim uma perda natural de função. A otosclerose, por exemplo, é um processo de envelhecimento dos ossículos que formam o sistema auditivo, e que não leva a surdez, mas sim a uma perda parcial que se mantém estável, não tendendo a piorar, sendo uma alteração auditiva do tipo condutiva. Pode ser acompanhada de zumbido, o que em geral ocorre nos dois ouvidos, levando a uma piora devido ao estado emocional, ansiedade e nervosismo. 
A presbiacusia é uma das perdas que mais prejudica a capacidade de comunicação. A exposição a ruídos, estresse, uso de certos medicamentos e deficiências alimentares são alguns fatores da perda auditiva. A queixa típica do idoso com esse quadro é que escuta, mas não entende o que lhe foi dito. 
Avalia-se que 25% das pessoas de 65 a 75 anos sofrem de presbiacusia, neurosensorial bilateral nas altas freqüências. Este número sobe para 70 a   80% para os com mais de 75 anos. Por isso é de grande importância, detectar precocemente se esse idoso tem perda auditiva, para o uso do AASI, que vai lhe proporcionar uma melhor qualidade de vida.
pesquisadores japoneses, examinaram o vínculo entre a taxa de vitamina A no sangue e a prevalência da perda auditiva em idosos. Os resultados do estudo mostraram que níveis elevados de vitamina A e pró-vitamina A, estão associadas à menor prevalência da deficiência auditiva. Um bom motivo para começar a falar em prevenção de olho no prato.
Disfagia - dificuldade em engolir o alimento
As causas mais comuns são os problemas neurológicos como AVC, TCE, Parkinson, Mal de Alzheimer, miastenia gravis, distrofia muscular, ELA, PC, entre outros.
Distúrbios da moticidade oral:
São mudanças anatômicas e/ou funcionais do mecanismo oral que podem afetar diretamente a fala e outras funções, como mastigação e a deglutição. As causas mais comuns são ausência de dentes, problemas Periodentais, atrofia dos músculos mastigatórios, prótese mal ajustadas.
Através dessa resenha sobre o envelhecimento e as principais patologias que acometem a terceira idade, podemos ter uma ampla idéia da diversidade do trabalho da Fonoaudiologia Gerontológica, onde podemos oferecer condições de vida muito melhores aos idosos, prolongando assim, o tempo de maior qualidade de vida para estes pacientes.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

BILATERALIDADE DEVE SER UMA OPÇÃO

Apesar de cientificamente estabelecido para certos casos de surdez, o implante coclear bilateral ainda é pouco realizado no Brasil. A intervenção não pertence ao rol de procedimentos mínimos da ANS, como também não é coberto pelo SUS, ao contrário do implante unilateral. A criança pequena diagnosticada com perda neurossensorial profunda bilateral é a que mais se aproveita a bilateralidade. Além da melhora do reconhecimento da fala no ruído - importante para a aprendizagem, implantar o segundo lado permite o desenvolvimento normal das vias auditivas.
A cirurgia do implante bilateral é recente, sendo a primeira realizada no Brasil em 2007, no Hospital das Clínicas em São Paulo. Haveria hoje uma centena de pacientes se beneficiando de dois implantes cocleares, sendo a metade crianças pequenas. Esse número aumentaria mais rapidamente se não houvesse esse impedimento da ANS para não obrigar a cobertura de segundo implante pelos planos de saúde era permitir a cirurgia para mais pessoas, já que o ganho propiciado pelo segundo dispositivo não alcança o do primeiro e que, segundo a agência, o custo não seria compensado.
Esse custo para é de R$ 45.000 para o SUS, que ainda realiza 80% das cirurgias, e de R$ 65.000 para os planos de saúde.

IMPLANTES COCLEARES PARA TRATAR A DOENÇA DE MÉNIERE

Pela primeira vez, um paciente da Universidade de Washinghton, nos Estados Unidos, foi implantado com um dispositivo cujo objetivo é amenizar as vertigens invalidantes da Doença de Méniere. Os médicos da equipe desenvolveram um implante que traz esperança para o tratamento da doença. Uma dezena de pacientes deverá ser implantada com fins de pesquisa.

sábado, 4 de junho de 2011

PROCESSAMENTO AUDITIVO

Todos sabemos que no universo infantil é comum nos depararmos com situações várias de dificuldades por parte da criança de se adaptar ao ambiente social. Entre estas dificuldades estão: desatenção ou atenção curta, distração, distração fácil com sons, dificuldade de compreender em local ruidoso, incômodo aos sons altos ou a ruídos de fundo; pedem repetição de informação; problemas para lembrar de coisas que aprenderam auditivamente; problemas de fala; ouvem mais não entendem, só ouvem quando querem; baixo rendimento escolar; dificuldade de compreender palavras de duplo sentido; problemas de linguagem expressiva, dificuldade de compreender o que lê, disgrafia ou também inversão de letras, desajuste social (agitado ou muito quieto chegando ao isolamento). Auditivamente, apresenta resposta inconsistentes ao som (dificuldades de responder corretamente ao exames audiométrico), alteração na localização da fonte sonora, inabilidade de focar, discriminar, reconhecer ou compreender informações auditivas.

Muitas vezes a criança apresenta tais dificuldades, não por "burrice" ou "falta de interesse para com as coisas ou pessoas", mas sim por apresentar um distúrbio chamado de alteração do processamento auditivo central.

Os processamentos auditivos centrais, são processos que necessitam de um bom funcionamento das estruturas do sistema nervoso central. Um simples distúrbio leva a criança a não conseguir interpretar o som, já que essa interpretação depende das habilidades auditivas organizadas e estruturadas. Estas etapas são: detecção do som, discriminação do som, reconhecimento, localização da fonte sonora e compreensão do som. Todos ligados às funções cerebrais, como: atenção e memória.

A avaliação audiológica convencional (audiometria tonal, vocal, inteligibilidade e imitanciometria) avalia em termos de capacidade auditiva a detecção e transmissão do som. Já a avaliação do processamento auditivo central, analisa eventos acústicos quanto a localização sonora, figura-fundo, memória seqüencial, processamento temporal, fechamento... que são processos realizados mais profundamente, "no caminho do som até o córtex auditivo".

A privação sensorial (falta de experiência acústica no meio ambiente) pode gerar uma imaturação das estruturas do sistema nervoso central, alterações neurológicas (doenças neurodegenerativas, alterações causadas por anoxia), problemas congênitos (infecções congênitas: rubéola, sífilis, citomegalovírus, herpes e toxoplasmose), peso de nascimento inferior a 1.500g, alcoolismo materno ou uso de drogas psicotrópicas na gestação, permanência em incubadora, perda auditiva condutiva (a freqüência da otite leva a uma falta de consistência de estimulação, leva a distorção da mensagem e prejuízo do desenvolvimento da audição, da fala e da linguagem) e perda auditiva neurossensorial nos primeiros anos de vida. São fatores de risco para gerar uma alteração do processamento auditivo central. 
A avaliação do processamento auditivo central geralmente vai orientar a terapia fonoaudiológica e ao neurologista quanto a área (habilidade auditiva) alterada, para que seja realizado o mais breve possível a melhor conduta clínica. 
As indicações para avaliar o processamento auditivo central, são:

 
1) limiares tonais normais 
2) Queixa de dificuldade de compreensão 
3) Suspeita de disfunção do processamento auditivo central 
Em pacientes adultos: 
1) Paciente que se queixa de problemas auditivos, mas os resultados da bateria audiométrica básica são normais. 
2) pacientes com 65 anos ou mais e queixa de dificuldade para ouvir na presença de ruídos de fundo, sendo sua audição razoavelmente boa para freqüências altas. 3) História de disfunção ou doença neurológica. 
4) AVC hemorrágico ou isquêmico. 
5) Traumatismo craniano. 
6) meningite. 
7) hidrocefalia. 
8) Doença de Alzheime 
9) Alcoolismo crônico. 
10) Doenças desmielinizantes.

Nas crianças normais as habilidades envolvidas no processamento auditivo central desenvolvem-se em paralelo ou em relações recíprocas com habilidades de linguagem (Keith,1988).

Alterações leves e moderadas do processamento auditivo central podem ser compensadas desde que haja boa interação entre pais e crianças e condições de escuta favoráveis no ambiente físico em que a criança está inserida no momento do seu aprendizado e desenvolvimento da linguagem. As alterações também podem ser tratadas terapeuticamente através de exercícios fonoaudiológicos.

As alterações estão relacionados com as estruturas do processamento responsável pela atividade central. Estas estruturas são: tronco encefálico, vias sub-corticais, córtex auditivo, lobo temporal e corpo caloso.

A integração das informações sensoriais auditivas com outras não auditivas é o occipital, parietal e frontal.

Mais especificamente, o complexo olivar superior e o córtex auditivo são estruturas do sistema nervoso central responsáveis pela localização sonora. A responsável pela atenção ao som é o colículo inferior e pela memória para sons em seqüência e discriminação de padrões temporais é o córtex. 
A orientação que pode-se dar aos pais e professores de crianças com DPAC é para que usem estratégias verbais como repetição, fazerem uso de palavra-chave, usar pausas entre outras.

As sugestões para terapia fonoaudiológica para uma DPAC é consciência fonológica com apoio da leitura, análise e síntese fonêmica, compreensão de linguagem e memória seqüencial para sons verbais e não verbais.

No momento é possível apenas realizar uma triagem do processamento auditivo central dando o resultado de que será necessário uma testagem do processamento ou um resultado de acertos em todos os testes da triagem. Para a realizarão da avaliação (testagem) se faz necessário equipamentos apropriados.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

VITAMINA ¨A¨ PARA PREVENIR A PERDA AUDITIVA?


Pela primeira vez, pesquisadores japoneses examinaram o vínculo entre a taxa de vitamina A no sangue e a prevalência da perda auditiva em idosos. Os resultados do estudo mostraram que níveis elevados de vitamina A  e pró-vitamina A estão associadas à menor prevalênica da deficiência auditiva. Um bom motivo para começar a falar em prevenção de olho no prato

AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL PARA DIAGNOSTICAR A DISFAGIA

AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL:

O paciente que apresenta evidência clínica para o diagnóstico de disfagia deve receber uma avaliação objetiva instrumental tão logo seja capaz de tolerá-la. A avaliação instrumental pode ser solicitada pela equipe interprofissional.

Geralmente essa avaliação é acompanhada pelo fonoaudiólogo e pelo médico assistente. É necessária para determinar a natureza do distúrbio da deglutição, a presença ou a causa da aspiração e, para delinear os métodos efetivos de tratamento.

A escolha do tipo de avaliação depende das características do paciente. Sendo, a melhor técnica é aquela que consegue acompanhar o movimento estrutural conforme o bolo alimentar flui, através do trato aéreo-digestivo superior, aplicar e avaliar as estratégias de tratamento durante o procedimento. Varias técnicas estão disponíveis para a avaliação da deglutição, sendo a Videoendoscopia e a Videofluoroscopia as mais utilizada na rotina.


VIDEOENDOSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO :

De acordo com Langmore, Schat e Olsen (1988), examina-se a penetração e a funcionalidade laríngea antes da deglutição. Utiliza-se o endoscópio flexível passando, transnasalmente, por meio da nasofaringe e da laringolaringe, posicionando-o acima das pregas vestibulares.

A avaliação endoscópica da deglutição, o paciente ingere alimentos corados (servem como contraste) de diferentes consistências. O método não envolve radiação. Através da introdução de um nasofaringolaringoscópio pela narina, indo ate a orofaringe, é possível visualizar a anatomia da região. Pode-se, por conseguinte, avaliar a contenção oral e a ocorrência de perda prematura do alimento para a faringe, identificar o acúmulo de contraste, a aspiração pela laringe e traquéia, como também, estabelecer o número de deglutições necessárias para o clareamento desse contraste.

O exame permite, ainda, a avaliação da sensibilidade laríngea por meio da observação do reflexo de adução glótica, que é desencadeado pelo toque sutil do aparelho sobre os ligamentos ariepiglóticos. Esse reflexo é um importante mecanismo de defesa contra a aspiração laringotraqueal. Daí, a importância da verificação de sua eficácia. O procedimento pode ser gravado em fita de vídeo para revisão clínica e interpretação posterior.


VIDEOFLUOROSCOPIA:


Para o estudo de deglutição, usa-se o contraste Barium modificado. Este pode ser liquido, pastoso e em pó, misturado ao alimento que é ingerido pelo paciente. Ele permitira estudar a anatomia e a fisiologia durante as fases da deglutição, dinamicamente, desde a fase oral à esofágica; ajudara a definir o manuseio e as estratégias de tratamento que melhorarão a disfagia orofaríngea do paciente, para que degluta com segurança e eficiência. Este exame consegue estimar, quantitativamente, a aspiração antes, durante ou após o processo da deglutição.

Para realização deste procedimento, os aparelhos necessários constituem-se do equipamento de raios X com monitor conectado a um videocassete ou aparelho de DVD de boa qualidade, a imagem fluoroscópica é gravada em fita de vídeo ou DVD, permitindo analises posteriores, inclusive com utilização de câmera lenta para o auxilio em investigações minuciosas.

Inicia-se o exame sempre tentando adequar a melhor consistência e quantidade para o individuo. Preferencialmente objetiva-se que a primeira deglutição seja sem orientações posturais e de manobras de proteções das vias aéreas, para se ter idéia do padrão da deglutição que o paciente esta fazendo uso. Em casos nos quais o paciente tenha risco de aspiração, e no momento da avaliação o mesmo não tenha condição adequada, o exame já deve ser iniciado com todas as adaptações posturais e de manobras de proteções das vias aéreas indicadas, para que não seja exposto a riscos desnecessários.

A interpretação dos achados será classificada em alterações de fase preparatória, oral e faríngea, todo o exame é analisado em todas as consistências e quantidades avaliadas, para ao termino, concluirmos se existe ou não uma melhor opção de adaptação de consistências e quantidades, posturais e manobras de proteções das vias aéreas.

































segunda-feira, 9 de maio de 2011

TESTE DA ORELHINHA " UMA DECISÃO ACERTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DO SER"


O Teste da Orelhinha é realizado com bebê dormindo, não dói, nem machuca e não precisa de picadas ou sangue do bebê, o teste acontece com a colocação de um pequeno fone na parte externa do ouvido onde serão emitidos sons suaves. O teste não tem contra-indicações e dura em torno de 5 a 10 minutos.

O Teste da Orelhinha é fundamental para se detectar precocemente alterações auditivas que poderão interferir na qualidade de vida da criança, permitindo, em muitos casos o tratamento imediato.

Ouvidos atentos aos sinais da surdez, se o seu bebê apresentar alguns desses sinais, procure imediatamente um FONOAUDIÓLOGO:

  • Se até  3 meses de vida o seu bebê não se assusta, chora ou acorda com sons fortes e repentinos, como batida de porta.
  • Se no 6 mês ele não atender quando chamado pelo nome.
  • Se aos 12 meses de vida não pronunciar nenhuma palavra, o seu filho poderá ter surdez.

GAGUEIRA

É um distúrbio da comunicação, que se caracteriza por uma ruptura involuntária no fluxo da fala. Essas rupturas involuntárias são também chamadas de disfluência, mas nem toda disfluência é uma gagueira. Existem dois tipos de gagueira: a desenvolvimental e a adquirida.
A gagueira adquirida é mais rara e pode estar associada a eventos psicológicos ou neurológicos, podendo ter início em qualquer fase da vida.
A gagueira desenvolvimental, por sua vez, ocorre com maior prevalência e inicia-se na infância, podendo ter como causas fatores hereditários ou estar relacionada a outros eventos, como: fatores estressantes físicos e/ou emocionais.
A intervenção fonoaudiológica varia de acordo com a idade do indivíduo gago e o grau de risco apresentado. Nos casos infantis é necessário realizar um diagnóstico cauteloso, visando identificar o risco apresentado por esta criança para desenvolver uma gagueira crônica. Quando o risco for baixo, indica-se a realização do trabalho familiar, na qual o fonoaudiólogo deve orientar os familiares para promover um ambiente que favoreça a fluência da criança.

sábado, 30 de abril de 2011

AQUECIMENTO E DESAQUECIMENTO VOCAL


O aquecimento vocal é uma prática saudável e recomendada por Fonoaudiólogos para profissionais da voz, pessoas que utilizam a voz como ferramenta para o trabalho. O aquecimento corresponde à realização de uma série de exercícios respiratórios e vocais, cuja finalidade é aquecer a musculatura das pregas vocais antes de uma atividade mais intensa para evitar sobrecarga, o uso inadequado ou um quadro de fadiga vocal. O aquecimento vocal tem como objetivo preservar a saúde vocal.

Além disso, este procedimento quando realizado regularmente traz melhora na produção da voz, ou seja, permite melhor vibração e flexibilidade das pregas vocais, maior intensidade e projeção do som. E ainda possibilita mais clareza na emissão das palavras.

No aquecimento vocal, seguimos uma sequência de exercícios que tem como função:

1: Reorganizar a respiração (o ideal é a respiração com predomínio inferior);

2: Alongar as pregas vocais;

3: Equilibrar ressonância (os ressonadores são as estruturas internas do corpo que vibram quando são atingidos pela voz. Têm a função de amplificar e modificar os sons. São elas: laringe, faringe, cavidade oral e nasal);

4: Favorecer a articulação (Os articuladores são responsáveis pela formatação das vogais e consoantes).

Em média os exercícios de aquecimento devem durar 10minutos.

O desaquecimento vocal é igualmente importante, pois ajuda a diminuir principalmente o volume da voz, evitando que o comunicador continue com uma projeção vocal necessária para falar a um número maior de pessoas, o que significaria um abuso vocal.


DICAS IMPORTANTES PARA UMA BOA APRESENTAÇÃO

  • Leia bastante  sobre o tema que voçê irá abordar.
  • Prepare pessoalmente sua aula/ apresentação/ argumentação.
  • Saiba mais do que voçê vai apresentar, assim voçê estará preparado para as perguntas.
  • Ao preparar a aula lembre-se do tempo que voçê terá para sua apresentação e os recursos disponíveis no local.
  • Treine sua aula e, se possível, grave ou filme seu treino. Assista e observe:
    • Sua velocidade de fala não deve estar acelerada demais ou lenta demais;
    • Sua variação de entonação deve permitir ao ouvinte compreender o que é mais importante para voçé;
    • A escolha das palavras deve estar adequada ao  público a que voçê irá se apresentar;
  • Enquanto treina sua aula, procure pensar em exemplos vividos por voçê ou por outros, que ilustrem a importância do tema.
  • Decore as partes mais importantes, dispensando a necessidade de recorrer continuamente ao papel.
  • Treine especialmente o início da sua apresentação. Os minutos iniciais são fundamentais para prender a atenção do ouvinte e, em geral, são os minutos de maior nervosismo por parte do apresentador.
  • Enquanto estiver se apresentando, procure observar sua platéia, perceba os pontos que aparentam causar mais interesse e explore-os mais.
  • Ter um tempo para as perguntas no final ajuda a organizar a apresentação em relação ao tempo, principalmente, quando a platéia é numerosa.
  • Fique atento a sua fala para evitar barreiras verbais e esteriótipos recorrentes como "entendeu?", "certo?", "tá", "né", "percebe".
  • Mostre ao público aquilo que é importante na sua fala enfatizando as palavras importantes. Utilize pausas para que o ouvinte possa ter um pequeno tempo para refletir sobre a informação.
  • Observe sua postura corporal, a movimentação das suas mãos e a expressão do seu rosto.
  • Procure movimentar as mãos de forma natural.
  • Evite constantemente passar a mão no cabelo e verifique se o cabelo não está escondendo seu rosto. Evite roer as unhas enquanto se apresenta.
  • Escolha uma roupa que seja adequada ao evento, respeitando o seu estilo próprio. Evite roupas que chamam mais atenção que sua fala.
  • Se for utilizar o microfone evite testá-lo com batidas ou sopro, faça o teste falando uma frase, como: "boa noite".
  • Importante grave e filme sempre sua fala durante os treinos, assim, voçê poderá observar suas falhas e saná-las.

terça-feira, 26 de abril de 2011

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS NAS CRIANÇAS COM RESPIRAÇÃO BUCAL

  • Crianças que babam e roncam à noite, muitas vezes acordando com a boca seca;
  • Olfato prejudicado, ocorrendo diminuição gustativa e redução do apetite;
  • Crianças irritadas por noites mal dormidas, que ficam extremamente hiperativas ou sonolentas;
  • Baixo rendimento escolar;
  • Apresentam olheiras;
  • Assimetrias faciais;
  • Respiração ruidosa;
  • Mastigação ruidosa;
  • Mastigação de boca aberta;
  • Posturas anormais (anteriorização de ombro e cabeça);
  • Língua com postura inadequada;
Importante  que a família esteja atenta para observar se à criança possui algumas dessas características acima citadas, para que se possa tratar precocemente.
A criança que apresenta esse tipo de respiração poderá necessitar do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como médico, ortodontista e fonoaudiólogo.
Em primeiro passo, deverá recorrer a um pediatra ou ao otorrinolaringologista para, após, podermos iniciar o tratamento fonoaudiológico, o qual constará de treino para a aprendizagem do uso do nariz, promovendo a respiração correta, além de adequar todas as estruturas e funções orofaciais, que ficaram prejudicadas, proporcionando um desenvolvimento harmonioso da face.

domingo, 24 de abril de 2011

CUIDE DA SUA AUDIÇÃO

AUDIÇÃO


1) Ouvido Externo: capta e orienta a fonte sonora para o canal auditivo externo, protege a membrana timpânica;

2) Ouvido Médio: condutor e transdutor da onda sonora.

3) Ouvido Interno: responsável pela transformação das ondas de compressão em impulsos nervosos que são enviados ao cérebro para serem interpretados.

O ouvido ou orelha humana pode distinguir cerca de 400.000 sons diferentes, alguns fracos o suficiente para mover a membrana timpânica. O ouvido humano registra sons que vão de 20 Hz (Hertz) até 20000 Hz.

Uma pessoa pode ouvir desde o som de um mosquito numa tarde silenciosa de verão ou de um avião a jacto que aparece a voar no céu.

CUIDADOS COM A AUDIÇÃO

• Evitar colocar objetos no ouvido;

• Realizar periodicamente avaliação com o fonoaudiólogo e otorrino;

• Trocar o fone de ouvido em cada 1h;

• Repouso auditivo;

• Ficar atento aos zumbidos;

• Evitar exposição a ruídos intensos em boates e danceterias;

• Adotar volume moderado da televisão e do aparelho de som;

• Fones de ouvido de mp3 por mais de uma hora seguida, por exemplo, recomenda-se fazê-lo em volume baixo.





























A REGENERAÇÃO DAS CÉLULAS CILIADAS MAIS PRÓXIMA?

Pesquisadores da Universidade de Washington teriam identificado uma via de sinalização intercelular que informa a futura localização dos orgãos sonsoriais da orelha do camundongo embrionário. Os cientistas teriam conseguido ativar o sinal através do tecido embrionário destinado a se tornar a orelha interna. Eles registraram um crescimento de estruturas sensoriais em áreas onde normalmente elas não existem. Essas novas estruturas contavam com células ciliadas.
O trabalho foi publicado no journal Proceedings of the National Academy of Sciences. Os pesquisadores não escondem o interesse que poderia ter a descoberta na perspectiva da regeneração das células sensoriais de uma orelha interna em processo de envelhecimento.
O objetivo das pesquisas é encontrar caminhos para a restauração das células ciliadas perdidas por causa da idade, de um trauma ou de outra forma de toxicidade.
Dito de maneira mais precisa, a equipe descobriu que a via de sinalização Notch é importante para o estabelecimento das estruturas iniciais das células maduras, o que poderia explicar a incapacidade de regeneração de células ciliadas no adulto. No futuro, a equipe pretende estudar os meios que poderiam permitir ativar a via de sinalização Notch.

APORVEITAR MELHOR AS OPÇÕES TERAPÊUTICAS PARA A PRESBIACUSIA

Avalia-se que 25% das pessoas de 65 a 75 anos sofrem de presbiacusia (perda da audição pela idade), neurosensorial bilateral nas altas frequências (sons agudos). Este número sobe para 70 a 80% para os com mais de 75 anos. O Royal National Institute of Deaf People, uma ONG baseada em Londres, aponta que, em 2050, poderá haver 900 milhões de pessoas portadoras com está configuração de perda. Contudo somente 20% dos sujeitos que poderiam se beneficiar de algum tratamento usam aparelhos auditivos. Entre eles, de 25 a 40% deixam de usá-los após um tempo. Por outro lado, o número de opções disponíveis hoje deveria permitir que a maioria tivesse benefício dentre as possibilidades mais adequadas e cada vez mais personalizadas.

sábado, 23 de abril de 2011


SAÚDE VOCAL: Cuidados com a Voz



O cuidado com a saúde vocal consiste de algumas normas básicas para conservação de uma boa voz e a prevenção de alterações e doenças. Tais condutas devem ser seguidas por todos, especialmente aqueles que utilizam a voz profissionalmente ou que apresentam predisposição a distúrbios vocais.

 HIDRATAÇÃO – Beber no mínimo 10 copos de água por dia em temperatura ambiente.

 ABUSO E MAU USO VOCAL – Evitar gritar, tossir, pigarrear, fazer competição sonora, sorrir alto, falar ou cantar em excesso, fazer uso excessivo da voz diante de quadros alérgicos ou infecciosos.

 ÁLCOOL E FUMO – Evitar fazer uso de álcool e fumo, principalmente durante exercício da profissão, pois a fumaça irrita a mucosa da laringe favorecendo o acúmulo de secreções nas pregas vocais e ressecamento da mucosa.

 ALIMENTAÇÃO – Evitar alimentos pesados e condimentados, chocolates, leite e derivados, balas, pastilhas e sprays; alimentos e bebidas geladas ou gasosas, bebidas que contenham cafeína (café, chá preto e outros). Consumir comidas leves, verduras e frutas (melão, mamão, manga, maçã e outros), água abundante em pequenos goles, barras de cereal de frutas sem chocolate, sucos de frutas não cítrico.

 AMBIENTE – Ingerir bastante água em ambientes com ar condicionado, pois o uso da voz em ambientes climatizados pode provocar ressecamento do trato vocal, evitar mudanças bruscas de temperatura.

 VESTIMENTAS – Utilizar roupas que permitam a movimentação livre do corpo, principalmente do pescoço e abdomêm. Evitar roupas ou enfeites apertados na região do pescoço e da cintura.















O QUE É FONOAUDIOLOGIA?

"A Fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição."

O fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Pode atuar sozinho ou em conjunto com outros profissionais de saúde em clínicas, creches, escolas (comuns e especiais) e comunidades, incluindo o Programa de Saúde da Família, unidades básicas de saúde, hospitais, emissoras de rádio e televisão, teatro, home care (atendimento domiciliar), empresas de próteses auditivas, indústrias, centros de reabilitação, entre outros.

Além disso, também trabalha com distúrbios na alimentação, como disfagia e outras dificuldades alimentares. É ele quem reabilita pacientes neuropatas na área de linguagem e alimentação bem como deficientes auditivos. Realiza exames audiométricos, sendo o profissional especializado na audição e na reabilitação de voz.

1. Importância da Interdisciplinaridade na Avaliação das Disfagias: Avaliação Clínica e Videofluoroscópica da Deglutição

O tratamento, de inicio terá que ter uma equipe multidisciplinar, na qual o fonoaudiólogo deverá estar inserido, e que seja promovida sempre a interdisciplinaridade visando o bem-estar do paciente. O fonoaudiólogo deverá ter especialização apropriada por meio de cursos, de estágio, e , principalmente, de sua própria motivação e interesse, de modo que possa utilizar a fundamentação desse método.

A reabilitação do paciente disfágico, não deve ser realizada isoladamente por um profissional, porque o sucesso da fonoterapia depende da união de informações de cada profissional envolvido com os sistemas estomatognático e respiratório, dentre outros sistemas.

Geralmente tais profissionais são os da equipe médica (clinico geral, neurologista, pneumologista, otorrinolaringologista, neonatologista, gastroenterologista endocrinologista, nutricionista, geriatra, farmacologista, odontologista etc.) da equipe de enfermagem e da equipe de reabilitação (fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, etc.).

O somatório de informações de todos esses profissionais faz com que tenham uma visão global do estado do paciente, facilitando o diagnóstico, o prognóstico e um planejamento terapêutico mais conveniente.

O Médico:






 Cuidando das questões medicamentosas e cirúrgicas (quando necessário). Esta relacionado, principalmente, com as doenças de base, por exemplo: neurologista, otorrinolaringologista, gastroenterologista, clinico geral, cirurgião, geriatra e radiologista (para exames).


• O Enfermeiro:




 Cuida do posicionamento correto da sonda enteral ou parenteral, colocação, manuseio e retirada da traqueostomia e da gastrotomia. Os enfermeiros e técnicos de enfermagem precisam estar sempre bem informados, nas somente através do prontuário, mas também de conversa sobre o tipo de disfagia que o paciente apresenta.

• O Nutricionista:





 Busca a dieta equilibrada, auxiliando na composição de tipos de alimentos. Quando o paciente esta sob os cuidados de um nutricionista, precisamos informar a esses profissionais sobre a evolução das consistências nos testes e com relação a quantidades, saber quando é possível diminuir a nutrição via sonda para aumentarmos gradativamente por via oral.

O Fisioterapeuta:




 É responsável pelo manuseio, troca e retirada das cânulas de pacientes traqueostomizados e, ainda, por tudo o que diz respeito à fisioterapia respiratória nas aspirações e acompanhamento da recuperação do quadro pulmonar na área motora, auxiliando no posicionamento do paciente.


• O Fonoaudiólogo:






 É responsável pela avaliação, planejamento terapêutico e acompanhamento no que concerne ao distúrbio da deglutição do paciente, ate a alta. Antes que seja iniciado qualquer tratamento, o fonoaudiólogo devera tomar conhecimento da problemática do paciente pelos laudos médicos, do prontuário e de relatos de familiares.
Exame clinico:


É de grande importância o exame clinico antes dos exames instrumentais, das medidas temporais da deglutição e da avaliação fonoaudiológica.

Convêm que o exame clinico preceda os estudos radiográficos, porque fornece pareceres sobre qual a melhor preparação para estes e também sobre o manuseio do paciente. Especialmente, o exame clinico dará informações importantes em relação ao foco disfágico, se é oral ou faríngeo, se o paciente esta apto ou não para o exame radiográfico, se ele tem habilidade de aceitar alimento no interior da boca e a sua reação em relação aos vários gostos, temperaturas e texturas de substâncias alimentares ou não, na sua cavidade oral. A presença de qualquer apraxia na deglutição ou qualquer reflexo, postura e necessidade comportamental anormal do paciente devera ser detectada durante o estudo radiográfico.

O exame clinico para o paciente interno ou externo do hospital, de acordo com as suas possibilidades individuais, deve conter uma completa revisão da história médica, de modo que possa concluir:

• Problemas médicos atuais e anteriores, focalizando os que talvez causem a disfagia.

• Medicações prescritas recentemente e as atuais.

• História da desordem da deglutição.

• Presença, tipo e duração da colocação de qualquer dispositivo aéreo (traqueostomia, ventilação mecânica, intubação).

• Presença, tipo e duração satisfatória de nutrição por via oral ou sonda de alimentação.

• Observação sobre secreção.

• Consciência, cognição, linguagem receptiva e expressiva do paciente.

• Anatomia oral.

• Avaliação de controle motor-oral.

• Avaliação dos reflexos de gag e velopalatino.

• Exame da sensibilidade oral usando-se toque suave.

• Triagem alimentar quando é possível ser realizada dieta de prova em que se selecionam pequenos pedaços de alimento.

Exames Instrumentais

Para complementação do exame clinico da deglutição utilizam-se, na atualidade, os seguintes exames: Videofluoroscopia, ultrasonografia, nasofibroscopia, manometria, cintilografia e ausculta cervical.

VIDEOFLUOROSCÓPIA


Para o estudo de deglutição, usa-se o contraste Barium modificado. Este pode ser liquido, pastoso e em pó, misturado ao alimento que é ingerido pelo paciente. Ele permitira estudar a anatomia e a fisiologia durante as fases da deglutição, dinamicamente, desde a fase oral à esofágica; ajudara a definir o manuseio e as estratégias de tratamento que melhorarão a disfagia orofaríngea do paciente, para que degluta com segurança e eficiência. Este exame consegue estimar, quantitativamente, a aspiração antes, durante ou após o processo da deglutição.

Para realização deste procedimento, os aparelhos necessários constituem-se do equipamento de raios X com monitor conectado a um videocassete ou aparelho de DVD de boa qualidade, a imagem fluoroscópica é gravada em fita de vídeo ou DVD, permitindo analises posteriores, inclusive com utilização de câmera lenta para o auxilio em investigações minuciosas.

Inicia-se o exame sempre tentando adequar a melhor consistência e quantidade para o individuo. Preferencialmente objetiva-se que a primeira deglutição seja sem orientações posturais e de manobras de proteções das vias aéreas, para se ter idéia do padrão da deglutição que o paciente esta fazendo uso. Em casos nos quais o paciente tenha risco de aspiração, e no momento da avaliação o mesmo não tenha condição adequada, o exame já deve ser iniciado com todas as adaptações posturais e de manobras de proteções das vias aéreas indicadas, para que não seja exposto a riscos desnecessários.

A interpretação dos achados será classificada em alterações de fase preparatória, oral e faríngea, todo o exame é analisado em todas as consistências e quantidades avaliadas, para ao termino, concluirmos se existe ou não uma melhor opção de adaptação de consistências e quantidades, posturais e manobras de proteções das vias aéreas.








Referências Bibliográficas

1. Tratado da deglutição e disfagia – no adulto e na criança. Livraria e Editora Revinter, 2010.

2. Disfagia; estudo e reabilitação, Rio de Janeiro: Revinter, 2010.

3. Tratamento fonoaudiológico da disfagia e a prática da bioética. Livraria e Editora Revinter, 2010.