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segunda-feira, 23 de maio de 2011

AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL PARA DIAGNOSTICAR A DISFAGIA

AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL:

O paciente que apresenta evidência clínica para o diagnóstico de disfagia deve receber uma avaliação objetiva instrumental tão logo seja capaz de tolerá-la. A avaliação instrumental pode ser solicitada pela equipe interprofissional.

Geralmente essa avaliação é acompanhada pelo fonoaudiólogo e pelo médico assistente. É necessária para determinar a natureza do distúrbio da deglutição, a presença ou a causa da aspiração e, para delinear os métodos efetivos de tratamento.

A escolha do tipo de avaliação depende das características do paciente. Sendo, a melhor técnica é aquela que consegue acompanhar o movimento estrutural conforme o bolo alimentar flui, através do trato aéreo-digestivo superior, aplicar e avaliar as estratégias de tratamento durante o procedimento. Varias técnicas estão disponíveis para a avaliação da deglutição, sendo a Videoendoscopia e a Videofluoroscopia as mais utilizada na rotina.


VIDEOENDOSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO :

De acordo com Langmore, Schat e Olsen (1988), examina-se a penetração e a funcionalidade laríngea antes da deglutição. Utiliza-se o endoscópio flexível passando, transnasalmente, por meio da nasofaringe e da laringolaringe, posicionando-o acima das pregas vestibulares.

A avaliação endoscópica da deglutição, o paciente ingere alimentos corados (servem como contraste) de diferentes consistências. O método não envolve radiação. Através da introdução de um nasofaringolaringoscópio pela narina, indo ate a orofaringe, é possível visualizar a anatomia da região. Pode-se, por conseguinte, avaliar a contenção oral e a ocorrência de perda prematura do alimento para a faringe, identificar o acúmulo de contraste, a aspiração pela laringe e traquéia, como também, estabelecer o número de deglutições necessárias para o clareamento desse contraste.

O exame permite, ainda, a avaliação da sensibilidade laríngea por meio da observação do reflexo de adução glótica, que é desencadeado pelo toque sutil do aparelho sobre os ligamentos ariepiglóticos. Esse reflexo é um importante mecanismo de defesa contra a aspiração laringotraqueal. Daí, a importância da verificação de sua eficácia. O procedimento pode ser gravado em fita de vídeo para revisão clínica e interpretação posterior.


VIDEOFLUOROSCOPIA:


Para o estudo de deglutição, usa-se o contraste Barium modificado. Este pode ser liquido, pastoso e em pó, misturado ao alimento que é ingerido pelo paciente. Ele permitira estudar a anatomia e a fisiologia durante as fases da deglutição, dinamicamente, desde a fase oral à esofágica; ajudara a definir o manuseio e as estratégias de tratamento que melhorarão a disfagia orofaríngea do paciente, para que degluta com segurança e eficiência. Este exame consegue estimar, quantitativamente, a aspiração antes, durante ou após o processo da deglutição.

Para realização deste procedimento, os aparelhos necessários constituem-se do equipamento de raios X com monitor conectado a um videocassete ou aparelho de DVD de boa qualidade, a imagem fluoroscópica é gravada em fita de vídeo ou DVD, permitindo analises posteriores, inclusive com utilização de câmera lenta para o auxilio em investigações minuciosas.

Inicia-se o exame sempre tentando adequar a melhor consistência e quantidade para o individuo. Preferencialmente objetiva-se que a primeira deglutição seja sem orientações posturais e de manobras de proteções das vias aéreas, para se ter idéia do padrão da deglutição que o paciente esta fazendo uso. Em casos nos quais o paciente tenha risco de aspiração, e no momento da avaliação o mesmo não tenha condição adequada, o exame já deve ser iniciado com todas as adaptações posturais e de manobras de proteções das vias aéreas indicadas, para que não seja exposto a riscos desnecessários.

A interpretação dos achados será classificada em alterações de fase preparatória, oral e faríngea, todo o exame é analisado em todas as consistências e quantidades avaliadas, para ao termino, concluirmos se existe ou não uma melhor opção de adaptação de consistências e quantidades, posturais e manobras de proteções das vias aéreas.

































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